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Perícia conclui: ossada é de mulherA Polícia Civil avança nas investigações que podem identificar a ossada encontrada próximo ao Esquadrão da Vida | |||||
Bruna Dias | |||||
Quando foi localizada, a ossada estava parcialmente enterrada na estrada municipal Bauru-Santelmo, próximo ao Esquadrão da Vida. O esqueleto não está completo e alguns ossos pequenos, como os das mãos e dos pés, ainda faltam. Não se sabe ainda se propositalmente ou se algum animal teria ingerido, devido ao tempo em que permaneceram na estrada. Muitos destes ossos, encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Bauru, como o do crânio, estavam quebrados. Porém, isso não indica necessariamente que a vítima tenha sofrido agressão. Animais de grande porte como cavalos podem ter pisoteado a área onde os ossos estavam enterrados. O trabalho feito pelo médico perito também constatou que o esqueleto é de uma mulher com estatura média de 1,60 metro e com mais de oito meses de esqueletização, ou seja, o período mínimo transcorrido após a morte da vítima. Aspectos raciais não podem ser definidos em brasileiros ao aplicar esta análise por conta da miscigenação. Quebra-cabeças Com a localização da ossada, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, está priorizando o caso e cruzando os laudos finais emitidos pelo IML e Instituto de Criminalística, que ainda seguem em segredo de Justiça para preservar as investigações. O delegado titular da DIG, Kleber Granja, frisa que o “quebra-cabeças” está quase concluído e que os laudos, principalmente o dos ossos, são as principais armas da investigação policial. “Nós estamos fazendo diligências, pedimos várias perícias, recebemos laudos e ainda faltam alguns, que estão sob segredo de Justiça. Como o caso é atípico e estamos com muitas informações, demos prioridade ao caso para fechá-lo o quanto antes”, destacou. O principal suspeito do desaparecimento de Fernanda Trípodi continua sendo Roberto Carlos Fagundes, 44 anos, que era marido da vendedora. Fagundes teve a prisão temporária de 30 dias decretada cerca de duas semanas após o desaparecimento da vítima, e até o momento continua foragido. A Polícia Civil ainda investiga outros possíveis envolvidos com o caso. Arcada dentária Dentre os muitos ossos ainda não contabilizados pela perícia do Instituto Médico Legal (IML), o que permanece em destaque é a arcada dentária, que pode ser confrontada com radiografias faciais que a possível vítima Fernanda Trípodi tenha feito. As radiografias já foram solicitadas à família da moça, que até o fechamento desta edição, não as tinha encontrado. A comparação da radiografia com a arcada dentária encontrada enterrada exclui a necessidade de realizar teste de DNA. O exame genético poderá ser solicitado caso não sejam encontradas as radiografias faciais. A mãe de Fernanda, Antônia Maria de Oliveira Trípodi, 55 anos, relatou ao JC que tem certeza de que os ossos são mesmo de sua filha. “É sentimento de mãe. Tenho certeza que é ela. Meu coração tem certeza disso”, disse, emocionada. http://www.jcnet.com.br/noticias.php?codigo=223295 |