segunda-feira, 14 de maio de 2012
As múltiplas facetas de um perito.
As múltiplas facetas de um perito.
Há mais de 50 anos atuando como
perito e presidente por duas vezes da APEJESP esta é um pouco da
história do associado Sebastião Edison Cinelli. Tudo começou em 1958
quando se tornou bacharelado em Criminalística pela Academia de Polícia
Civil do Estado de São Paulo (curso de Perito Criminal). Também é
advogado, contador e bacharel em administração de empresas. Foi perito
criminal ativo, militou em varias seções técnicas como Acidente de
trânsito, Crimes contra o patrimônio, seções especiais de armas,
datiloscopia, grafotécnica, outras seções como Crimes contra pessoa de
autoria desconhecida, onde atingiu a Encarregatura Pericial, é professor
de Criminalística da Academia de Polícia Civil do Estado de São Paulo,
chegando a atingir a Unidade II de Criminalística. Participou de vários
congressos de Criminalística e Ciências defendendo quase sempre
trabalhos, mesas redondas, em várias oportunidades.
“Gosto de periciar, analisar um feito
e os trabalhos realizados, sugerir situações em lacunas desde que
existentes. Gosto da atividade de Reconstituições locais. Nunca esqueço o
famoso ‘Chico Picadinho’ que me deparei na Faculdade de Direito, em um
simulado, com Juiz Togado dirigindo o Júri, defendi, analisei os fatos e
consegui conhecer sobre a causa da morti, dos motivos dos fatos,
“embriagues fortuita” violenta emoção, absolvendo o réu, foi algo
notável as veracidades levantadas, jamais reveladas no caso in
concreto”, evidenciou.
Para ele a perícia atrai pelo fato de
poder conhecer varias áreas, no caso a Criminalística e lecionar
diversos aspectos dessa disciplina para peritos e policiais, ou desde o
delegado até o agente policial. “A perícia na esfera trabalhista, civil é
um mercado promissor. Acontece nos dias de hoje, face aos problemas
econômicos, os que iniciam um “quantum” de imediato, os que ainda se
conservam no mercado dos procedimentos forenses, e o efetivo depósito
por quem é de direito”, explica Cinelli.
“Um novo mercado existe, é a atuação
dos peritos na esfera criminal desde a fase de inquérito como Assistente
Técnico face Lei n 11.690/2008 que alterou o art. 159 e seus parágrafos
do Código de Processo Penal. Assim o inquérito apresenta novas
conotações, mas é necessário estar sempre atento às novidades”.
De acordo com Cinelli num momento
cheio de muances pensar em melhorar na área da perícia, é aprimorar
aqueles que iniciam neste mister a conhecer os Códigos de Processos
Civil e Penal, e conhecimentos quanto a prova na esfera trabalhista, e
ainda a terem mais ética.
“O mercado sempre foi bom, apesar das
mudanças do Código de Processo Civil, o campo de atuação hoje cresceu
muito, as associações de classes bem mais promissoras auxiliam, desde
que possível, seus associados que realmente pretendem se enraizarem no
campo pericial, como é o caso da APEJESP”, evidencia.
É importante sempre estar atento às
associações ligadas a perícia, seja ela civil, criminal ou trabalhista,
de acordo com o Professor. “A primeira entidade que comecei foi a
Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, até hoje
filiado, desde 1960, o Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São
Paulo e a APEJESP, é bom estar entre colegas”, alerta.
“A APEJESP representa uma classe
multidisciplinar e eu possuo mais três representações – Perito Criminal
do Estado, com muita honra, Perito Judicial com a APEJESP, que muito me
orgulha e porque sou Contador também. Cada dia um novo, sempre procuro
fazer mais, porque “Ad Majora Natus Sum” esse é meu gênero, gosto de
vê-la crescer e se multiplicar. Fui presidente por dois mandatos e
realizei pela primeira vez na APEJESP um Congresso que encantou o Estado
a fora dele”, finaliza.
Foto: Suzamara Bastos
http://www.apejesp.com.br/News/news12/paginas/03.html