CIENTÍFICA É FUNDAMENTAL NA SOLUÇÃO DE CRIMES
A coleta de provas e a análise do local são fundamentais na hora de esclarecer um crime. É nesse momento que entra em cena a Polícia Científica e o trabalho fundamental do perito criminal. Uma gota, um fio de cabelo ou uma única célula servem como vestígios e podem apontar o autor de um crime aparentemente sem provas.
O assassinato de Isabella Nardoni deu idéia da importância deste tipo de trabalho criterioso. Talvez seja por este motivo que investimentos em tecnologia é uma das questões apontadas pelos diretores da Polícia Científica de São Paulo. De acordo com dados do governo do Estado, a Polícia Científica conta com 3,6 mil funcionários e recebe uma verba de R$ 191 milhões por ano.
Entre os trabalhos mais comuns estão a identificação de entorpecentes e o confronto balístico (que permite confirmar se a bala que atingiu alguém saiu da arma suspeita) e a análise de DNA.
A investigação conduzida pela perícia também foi primordial em outro caso: no assassinato de Marísia e Manfred Richtofen. A perícia foi decisiva para chegar aos culpados do duplo homicídio, que chocou o país: a filha, Suzane, o namorado, Daniel, e o irmão dele.
A perita-chefe criminal, Cristina Márcia Wolf Evangelista, 47 anos, que comanda as equipes de perícias criminalísticas de Ituverava, concedeu entrevista à Tribuna, falando sobre o trabalho desenvolvido pelo seu departamento.
Ela explica que a equipe é composta por sete peritos criminais, cinco fotógrafos técnico-periciais, uma funcionária administrativa e uma auxiliar de limpeza, atendendo em doze municípios Ituverava, Igarapava, Aramina, Buritizal, Jeriquara, Miguelópolis, Guará, Ipuã, São Joaquim da Barra, Orlândia, Nuporanga e Sales Oliveira.
Tribuna – Quando a Polícia Científica de Ituverava foi criada? Onde funciona? Quantos funcionários administrativos e quantos peritos possui? Abrange quantos municípios?
Cristina Márcia Wolf Evangelista – Ituverava já contou com um setor de Criminalística entre os anos de 1991 a 1996, que se extinguiu com o fechamento da Delegacia Seccional de Polícia de Ituverava.
Em janeiro de 2003, a equipe de perícias criminalísticas se transferiu para a Ituverava. Gostaria de esclarecer que, em nossa cidade, existem duas unidades da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, ou seja, a Equipe de Perícias Criminalísticas (IC) e a Equipe de Perícias Médico-Legais (IML).
A nossa equipe funciona, atualmente, em sede própria, situada à Rua Conselheiro Antônio Prado, 214, é composta por sete peritos criminais, cinco fotógrafos técnico-periciais, uma funcionária administrativa e uma auxiliar de limpeza, atendendo em doze municípios Ituverava, Igarapava, Aramina, Buritizal, Jeriquara, Miguelópolis, Guará, Ipuã, São Joaquim da Barra, Orlândia, Nuporanga e Sales Oliveira.
Tribuna – Quais são suas atribuições da Polícia Científica? O que o órgão investiga? Quais os tipos de delitos mais freqüentes?
Cristina – A nossa atribuição é elaborar o Laudo Pericial, que se tornará uma das peças do Inquérito Policial e, posteriormente, do Processo Criminal. Neste Laudo Pericial são colocadas as observações dos peritos e suas conclusões a respeito de um determinado local de crime ou exames de peças.
A área de atuação é muito abrangente, pois atendemos acidentes de trânsito, crimes contra a pessoa (homicídio, suicídio), crimes contra o patrimônio (furtos qualificados, roubos e danos), acidentes do trabalho, engenharia (crime ambiental, incêndio, perturbação do sossego público, desabamento), exames em instrumentos de crime (arma de fogo, arma branca), exames documentoscópicos (grafotécnicos, autenticidade/falsidade de documentos), além de outros.
http://www.tribunadeituverava.com.br/VIEW.ASP?ID=2442&TITULO=POL%CDCIA