Perícia e investigação criminal são discutidas em seminário |
Por Jaime Feitosa | |
22-Apr-2010 | |
Evento foi aberto pelo secretário Paulo Rubim e teve palestra de perita que atuou no caso “Isabela Nardoni”. O Centro de Perícias Forenses de Alagoas – CPFOR, em parceria com a Academia de Polícia Civil de Alagoas – APOCAL, e a Associação Alagoana de Peritos em Criminalística – AAPC, realizou nesta quinta-feira (22), no auditório do Colégio Marista, o I Seminário Alagoano de Perícia e Investigação Criminal. Amanhã, a partir das 8h, no auditório da Secretaria de Estado de Defesa Social – SEDS, acontecerá o Workshop de Perícia e Investigação Criminal, voltado especialmente para profissionais ligados à segurança pública. As palestras acontecerão no auditório da Secretaria de Defesa Social, no Centro. A abertura do seminário teve a presença do secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, que destacou a importância da perícia criminal para o combate à criminalidade. Ele lembrou que muitos crimes ficam impunes pela falta de um trabalho eficiente de perícia que depende de tecnologia sofisticada e pessoal qualificado. Rubim reconheceu que Alagoas ainda não de tecnologia adequada para a realização de exames mais sofisticados de perícia, mas garantiu que o governo vem buscando soluções para este problema. De acordo com o secratário, recentemente o governo do Estado, por meio da Defesa Social, firmou convênio com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para a instalação de um banco de dados de DNA, nos casos de vítimas de crimes que não tenham sido identificadas. “Isso significa um grande avanço para que crimes inicialmente tidos como de difícil elucidação possam ser esclarecidos, como também para que as famílias de pessoas desaparecidas possam saber o que aconteceu com seus parentes”. Secretário de Defesa Social, Paulo Rubim ao lado da diretora da Apocal, Simone Menezes ( de vermelho ) O secretário revelou ainda que, por meio de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça, Alagoas deverá contar em breve com laboratórios de toxicologia e equipamentos modernos para determinação de causa mortis. “Não se faz perícia criminal sem tecnologia e para isso precisa-se de investimentos. É isto que o governo alagoano está buscando, a fim de que crimes praticados, inclusive, por pessoas influentes e que denigrem a imagem de Alagoas sejam esclarecidos, e não voltem a ocorrer”, concluiu Rubim. A diretora da Apocal, Simone Menezes, disse que no uso da técnica e da tecnologia está o futuro da investigação criminal. “A perícia e a investigação precisam ter um olhar comum para que em um trabalho conjunto possam prestar um serviço de qualidade à sociedade”, afirmou. A perita criminal de São Paulo, Rosângela Monteiro, responsável pelo caso “Isabela Nardoni”, foi a convidada especial do seminário e também ressaltou a importância do trabalho conjunto entre a Perícia e a Polícia Judiciária. Rosângela Monteiro destacou que a perícia criminal vem obtendo avanços nos últimos anos, embora em alguns estados brasileiros ainda esteja em seus primeiros passos. Para ela, não basta apenas investimentos em tecnologia, mas também treinamento dos peritos para que se os resultados positivos quando da expedição dos laudos periciais sejam obtidos. Segundo ela, o caso “Isabela Nardoni” pela exposição que teve nacionalmente serviu para reforçar a necessidade de mais investimentos no setor de perícia criminal. Também palestrante do seminário, o diretor-geral adjunto do CPFor, Alberi Espindula, destacou que a sociedade precisa entender a necessidade da preservação dos locais de crimes para que estes possam ser elucidados. “No Brasil, não se valoriza o local de crime e muitas vezes as provas são destruídas e os crimes acabam impunes”, frisou. O seminário teve ainda a participação da delegada Ana Luíza Nogueira, chefe da Secção Especial de Roubos a Bancos, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), que fez palestra sobre "Especificidades da investigação criminal quanto à coleta de provas: uma análise da realidade alagoana"; e do perito criminal André Peixoto Braga que falou sobre os “Exames Periciais da Criminalística de Alagoas". Delegada Ana Luíza Nogueira e Alberi Espindula O público que lotou o auditório do Colégio Marista, ao final do seminário, foi brindado com a distribuição nove livros que tratam do tema perícia criminal, de autoria do perito Alberi Espindula. O Público esteve presente ao Seminário |