Policiais têm mobilidade reduzida sem patinetes
A mobilidade que os policiais militares tinham para realizar o patrulhamento na Avenida Beira-Mar ficou comprometida. Dos dez segways - patinetes elétricos - adquiridos pelo Governo do Estado em 2008, apenas três funcionam diariamente no local. Os demais estão em manutenção. Ontem, no período da tarde, somente dois policiais realizavam a patrulha entre a Praça dos Estressados e a Feira de Artesanatos usando o equipamento.
Na tarde de ontem, dois policiais utilizavam o patinete elétrico. Mas a Secretaria de Segurança Pública garante que três funcionam diariamente FOTO: KELLY FREITAS
De acordo com o tenente coronel Cláudio Mendonça, comandante do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), os patinetes disponíveis são utilizados somente nos horários de maior fluxo de pessoas, o que tende a garantir segurança e proporciona mais mobilidade aos policiais no patrulhamento. "Os patinetes são realmente muito úteis e será muito interessante que possamos contar com mais equipamentos semelhantes", conta.
Sobre os equipamentos que se encontram em manutenção, o tenente coronel informou que o tempo de uso, o que corresponde a cinco anos, e a corrosão pela maresia prejudicam o funcionamento do patinete. "Se um carro, por exemplo, sofre constante degradação por causa da maresia, imagine um veículo elétrico. A degradação é muito maior", ressalta. Mesmo assim, ele reconhece que o patinete uma excelente opção para garantir mobilidade aos policiais.
Para melhorar o patrulhamento e ressaltar a importância do equipamento para a segurança da Beira-Mar, Cláudio Mendonça afirma que será preciso o Governo do Estado investir na compra de mais dez aparelhos. "Foi solicitado ao Governo do Estado a compra de mais equipamentos", acrescenta.
No entanto, de acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública e Desenvolvimento Social (SSPDS), não há nenhum projeto para a aquisição de mais patinetes elétricos a serem disponibilizados na segurança da Avenida Beira-Mar. Apesar de existir uma intenção de compra de novos equipamentos, como informou a assessoria da SSPDS, a prioridade é recuperar os já existentes, como também disponibilizar esses equipamentos em outras áreas. Não existe ainda uma previsão para quando todos os equipamentos voltem a ser utilizados pelos policiais.
Investimento
Na época em que foram adquiridas pela Polícia Militar em 2008, cada segway teve um custo de R$ 28,5 mil, totalizando R$ 285 mil de investimento em equipamento de segurança.
O segway é um tipo de condução individual criada inicialmente para auxiliar pessoas com dificuldades de locomoção. O veículo funciona com o auto-equilíbrio do condutor, por meio de uma tecnologia denominada Estabilização Dinâmica, composta por um conjunto de giroscópios e microprocessadores que reproduzem a percepção de equilíbrio do ser humano, possibilitando a aceleração das rodas com a inclinação do corpo para frente ou para trás.
Atualmente, esse tipo de equipamento tem como principal finalidade o policiamento. A polícia cearense foi a pioneira no uso de Segways no Brasil, com a utilização do modelo X2-Cross, que possui uma plataforma elevada, o que possibilita o seu uso em terrenos acidentados ou na areia. O veículo funciona à bateria e pode percorrer terrenos lisos e arenosos, autonomia para percorrer 40Km com velocidade de 20Km/h.
MAURÍCIO VIEIRAESPECIAL PARA CIDADE