Tribunal de Haia absolve «heróis de guerra» croatas
Ex-generais tinham sido condenados em primeira instância pelo Tribunal Penal Internacional
Por: tvi24 / FC | 2012-11-16 13:59
Os ex-generais croatas Ante Gotovina e
Mladen Markac, considerados no país como «heróis» da independência, foram
absolvidos no julgamento da apelação pelo Tribunal Penal Internacional (TPI)
para a ex-Jugoslávia. Tinham sido condenados em primeira instância a 24 anos e
18 anos de prisão, respectivamente, por crimes contra a humanidade e crimes de
guerra.
Gotovina e Markac, ambos de 57 anos, tinham sido considerados culpados em abril de 2011 por assassinato, tortura e atos desumanos, sobretudo durante a guerra da Croácia (1991-1995) contra os sérvios. O ex-general Gotovina comandou a operação «Tempestade», que teve como objetivo a reconquista da República Sérvia autoproclamada de Krajina, que serviu para colocar um ponto final na guerra na Croácia. Foi detido em dezembro de 2005 num hotel de luxo nas ilhas Canárias.
O tribunal de recurso considerou que a condenação dos dois homens estava baseada no raciocínio «errado», segundo o qual qualquer disparo de artilharia que tivesse caído a mais de 200 metros de um alvo militar era um ataque contra civis. Também anulou a conclusão do tribunal de primeira instância sobre a existência de «uma empresa criminosa, cujo objetivo era o deslocamento forçado e permanente de civis sérvios da região de Krajina». Era acusadopela morte de 324 civis e soldados que já tinham entregue as armas, e pela expulsão de 90.000 sérvios de Krajina.
Milhares de pessoas reuniram-se na praça central de Zagreb para acompanhar o julgamento transmitido ao vivo num ecrã gigante. Muitos comemoraram e choraram de alegria, relata a agência AFP.
Gotovina e Markac, sorridentes, limitaram-se a acenar no final da audiência.
A Sérvia, por seu lado, considerou que, com esta decisão, o TPI «perdeu toda a credibilidade». «Esta decisão demonstra a existência de uma justiça seletiva, o que é pior do que qualquer injustiça», afirmou Rasim Ljajic, ministro sérvio encarregado da cooperação com o TPI.
Gotovina e Markac, ambos de 57 anos, tinham sido considerados culpados em abril de 2011 por assassinato, tortura e atos desumanos, sobretudo durante a guerra da Croácia (1991-1995) contra os sérvios. O ex-general Gotovina comandou a operação «Tempestade», que teve como objetivo a reconquista da República Sérvia autoproclamada de Krajina, que serviu para colocar um ponto final na guerra na Croácia. Foi detido em dezembro de 2005 num hotel de luxo nas ilhas Canárias.
O tribunal de recurso considerou que a condenação dos dois homens estava baseada no raciocínio «errado», segundo o qual qualquer disparo de artilharia que tivesse caído a mais de 200 metros de um alvo militar era um ataque contra civis. Também anulou a conclusão do tribunal de primeira instância sobre a existência de «uma empresa criminosa, cujo objetivo era o deslocamento forçado e permanente de civis sérvios da região de Krajina». Era acusadopela morte de 324 civis e soldados que já tinham entregue as armas, e pela expulsão de 90.000 sérvios de Krajina.
Milhares de pessoas reuniram-se na praça central de Zagreb para acompanhar o julgamento transmitido ao vivo num ecrã gigante. Muitos comemoraram e choraram de alegria, relata a agência AFP.
Gotovina e Markac, sorridentes, limitaram-se a acenar no final da audiência.
A Sérvia, por seu lado, considerou que, com esta decisão, o TPI «perdeu toda a credibilidade». «Esta decisão demonstra a existência de uma justiça seletiva, o que é pior do que qualquer injustiça», afirmou Rasim Ljajic, ministro sérvio encarregado da cooperação com o TPI.