Autópsia Psicológica
Coluna "Opinião que conta" do Jornal Correio Popular - Campinas/SP
A autópsia psicológica é um método retrospectivo de avaliação da
personalidade de uma pessoa, que não esteja presente, por estar morta,
desaparecida ou em coma.
Esta forma indireta de se conhecer as características pessoais do
indivíduo ausente foi utilizada, pela primeira vez, em Cuba na década de
1940. Não é um teste psicológico, mas sim, um método de investigação.
Pode-se utilizá-la no esclarecimento da morte violenta, na investigação
de morte duvidosa, isto é, se foi homicídio, suicídio ou acidente.
Na polícia, especialmente, os alcances deste método são excepcionais
para a elucidação de homicídios, na tipificação do homicídio – se doloso
ou culposo – e na investigação do desaparecimento de pessoas. Também na
compreensão do suicídio e no entendimento do desaparecimento de
pessoas.
Trata-se de um trabalho científico que leva à elaboração de hipóteses e
posterior confirmação ou refutação destas.
Pode ser utilizada, principalmente, na perícia e assistência técnica
judicial nas áreas: civil, família, criminal, previdenciária e
trabalhista.
Casos em que a vítima de homicídio provocou, injustamente, a própria
morte, portanto, na defesa do réu, também são contemplados com este
estudo das características de personalidade.
Famílias que porventura queiram entender os motivos relacionados ao
suicídio ou desaparecimento de um de seus membros, também podem recorrer
a este método.
Empresas de seguro de vida podem dirimir dúvidas, em casos de suicídio
ou morte acidental, objetivando o pagamento de apólices.
Profissionais habilitados na utilização deste método são fundamentais,
quando se busca a elucidação de crimes violentos, por exemplo, para
impedir que fique impune a grande maioria dos homicidas em nosso país,
assim como, que muitas famílias jamais entendam o desaparecimento ou
suicídio de um ente querido.
http://psiforense-fatima.blogspot.com.br/2012/10/autopsia-psicologica.html