Polícias aderem à 'manif' da CGTP
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11:03 Terça feira, 25 de setembro de 2012
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Última atualização há 33 minutos
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Polícias voltam a manifestar-se no Terreiro do Paço, desta feita ao lado da CGTP
António Pedro Ferreira
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Os
polícias vão juntar-se no próximo sábado à manifestação convocada pela
CGTP para o Terreiro do Paço, em Lisboa, para protestar contra aquilo
que esta central sindical apelida de "roubo dos salários, pensões e
reformas".
"A única forma que temos de dar voz e de
manifestarmos a nossa discordância com todas estas medidas é participar
em todas as ações de protestos organizadas pelas centrais sindicais bem
como naquelas que sejam organizadas pelos vários sindicatos das várias
polícias", disse à TSF o coordenador da comissão de sindicatos das
forças de segurança, Paulo Rodrigues.
Em declarações à Lusa, Paulo Rodrigues disse ainda que
"há um duplo sacrifício que está a ser pedido aos profissionais das
várias polícias, não só porque se aplica esta redução de vencimento, mas
por problemas internos, como a não alteração dos estatutos
profissionais ou a não aplicação de estatutos a todos os profissionais,
como acontece na PSP e na GNR".
"Em nosso entender, é uma política que não é nada
conveniente nem para os portugueses nem especificamente para os
polícias", acrescentou.
"Os polícias estão em luta e, por isso, decidiram
participar em todas as ações de protesto contra estas medidas [de
austeridade] que sejam organizadas pelas centrais sindicais, UGT ou
CGTP, iniciando a participação já no dia 29, na manifestação agendada
pela CGTP", sublinhou Paulo Rodrigues.
Greve à vista?
Na reunião de segunda-feira em que participaram
sindicatos representativos da Polícia de Segurança Pública (PSP),
Guarda Nacional Republicana (GNR), guardas prisionais, Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica (ASAE) e Polícia Marítima, esteve ainda em cima da mesa a
convocação de uma greve.
"Alguns sindicatos que pertencem à comissão
coordenadora e que têm o direito de fazer greve, como por exemplo o
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Sindicato da Guarda Prisional e
do sindicato da ASAE, estão a ponderar fazê-lo", disse ainda à TSF
Paulo Rodrigues.