Aperfeiçoamento da Perícia interessa a toda sociedade |
14/05/2012 / 15:32:00 |
Metodologias, os melhores equipamentos para coleta de
material para análise laboratorial, quantidade de material genético indicado
para determinados exames. Vendo assim, a grande maioria das pessoas pode pensar
que essa discussão não tem absolutamente nada a ver com a sua vida, mas estão
enganadas. Esse debate é fundamental para aperfeiçoar as técnicas científicas
que mais tarde podem determinar quem é o culpado por algum crime, quem está
errado em algum acidente com vítima, entre outras coisas.
São esses assuntos que os peritos do estado, entre
colegas de outras regiões e estudantes, discutem desde ontem, quarta-feira (09),
no IV Seminário de DNA e Laboratório Forense, em Cuiabá. O evento vai até
sexta-feira, 11 de maio.
“Embora as pessoas que não trabalham na área não tenham
interesse pelos temas discutidos, mesmo porque a linguagem utilizada é bastante
técnica, seria difícil a compreensão para aqueles que não estão habituados, é
importante que todos saibam que essas discussões tratam de questões relacionadas
a descobertas de crimes, e vão influenciar diretamente em decisões judiciais.
Elas vão determinar tanto quem vai ou não para a cadeia, quanto se uma empresa
vai pagar indenização para um consumidor que encontrou, por exemplo, um inseto
na comida”, esclarece o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado,
Márcio Godoy.
Um dos temas abordados neste segundo dia do evento foi a
violência sexual. A exposição do mestre Gustavo Lucena Kortmann, do Rio Grande
do Sul, girou em torno das técnicas de identificação do agressor sexual por meio
do esperma. Mas, entre outras coisas, Kortmann apresentou uma pesquisa realizada
em seu estado, que demonstra, por exemplo, que o maior grupo de riscos de abuso
são meninas entre 05 e 12 anos. Em segundo lugar, no Rio Grande do Sul, estariam
as meninas de 0
a 04 anos.
O perito salientou que são vários os fatores -
emocionais, físicos, pessoais - que orientam as ações de mulheres violentadas.
Se lavar ou esperar alguns dias para denunciar o abuso são reações comuns,
devido a delicadeza do caso. No entanto, são ações que podem influenciar no
resultado da pesquisa.
Nesta quarta, também se apresentaram Janyra Oliveira
Costa e Regina do Carmo Pestana de Oliveira Branco com as mesasLaboratório de
Entomologia Forense - Rotina e pesquisa e Análises de Amostras Forenses por
Espectroscopia Raman, respectivamente e Vanduir Soares de Araújo Filho, falou
sobre Exames de paternidade forense: fazer ou não fazer a análise matemática dos
resultados de exclusão? A tarde, as palestras foram ministradas por Marcos
Passagli (Análise Toxicológica Sistemática), Leonor Gusmão (Relevância dos
Marcadores dos cromossomos sexuais em identificação genética), Luciellen d'Avla
Giacomel Kobachuk (Estudo de frequência alélica de dez lócus STRs do cromossomo
X na população do Estado do Paraná e sua contribuição na identificação humana),
Samuel T. G. Ferreira (DNA e identificação de vítimas de desastre) e Juliana
Corrêa da Silva Aigner de Souza (Do Luminol ao DNA: Consolidação de um Protocolo
Abrangente a partir de Resultados Efetivos em Suposto
Homicídio).
Posse da Nova Diretoria – A nova diretoria do Sindicato dos Peritos Criminais de Mato
Grosso, eleita no final de março, aproveita o momento de confraternização da
categoria para fazer sua cerimônia oficial de
posse.
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Autor: Assessoria de Imprensa |
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