URNAS ELETRONICAS E A PERICIA UFU - participa de testes para avaliar segurança das urnas eletrônicas

12/03/2012 12h02 - Atualizado em 12/03/2012 12h02

UFU participa de testes para avaliar segurança das urnas eletrônicas

Alunos tentarão invadir o sistema a fim de identificar e corrigir falhas.
Equipes com melhor desempenho serão premiadas em dinheiro.

Do G1 Triângulo Mineiro

Estudantes do curso de Ciências da Computação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) irão representar a instituição em um teste de segurança que será feito nas urnas eletrônicas de todo o país. O teste, no qual os alunos tentarão invadir o sistema usado nas eleições a fim de identificar e corrigir falhas, será realizado nos dias 20 e 21 de março. O desafio é competitivo e vence quem mais contribuir para a segurança da urna eletrônica. O resultado será divulgado no dia 29 e os ganhadores serão premiados em dinheiro.
O doutor em Computação e especialista em Perícias Criminais, Marcelo Rodrigues de Sousa, esteve durante três dias em Brasília (DF) com equipes de todo o país para conhecer o funcionamento da urna. Eles tiveram acesso ao cofre onde ficam armazenadas as senhas que fazem os equipamentos funcionarem. “A sala do cofre é toda monitorada e nós entramos praticamente com a roupa do corpo. Não temos acesso a nenhum meio de guardar informação fora a nossa memória”, comentou.
O aluno do último período do curso, Otávio Augusto Silva, também esteve no Distrito Federal e falou sobre a complexidade do sistema. “O sistema é extremamente bem feito, tem vários níveis de segurança e será uma tarefa árdua tentar driblá-lo”, disse.

Ainda de acordo com Otávio, o que não faltará será empenho para conseguir a façanha. “Existem vários métodos de ataque e nós vamos prosseguir durantes os testes para obter um ataque efetivo”, comentou.
O professor da UFU Jamil Barbar, que é doutor em Engenharia Eletrônica e Computação, faz parte da comissão que vai avaliar os planos de invasão. “A avaliação vai levar em consideração se de fato o ataque procede ou não, porque se houver alguma vulnerabilidade o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá tomar as medidas necessárias”, explicou.