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domingo, 11 de março de 2012

DATILOSCOPIA- Introdutor da datiloscopia dominava linhas e letras

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Escrito por Danilo Ribeiro Gallucci
http://almanaquebrasil.com.br/personalidades-ciencia/7481-introdutor-da-datiloscopia-dominava-linhas-e-letras
20 de novembro - dia do datiloscopista brasileiro

Segundo o dicionário Houaiss, datiloscopia é o processo de obtenção de impressões digitais. Essa técnica tem sua origem na pré-história, quando nossos antepassados marcavam suas cerâmicas com os dedos. Na China do século 6, casórios eram dissolvidos com o uso da impressão digital. Em fins do século 19, estudos científicos comprovaram a eficácia do método para identificação.

O introdutor da datiloscopia no Brasil foi José Félix Alves Pacheco. Nascido em Teresina em 1879, gradua-se em Direito no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, vira repórter de O Debate. Trabalha no Jornal do Comércio. Não satisfeito, vira seu proprietário. Político influente, é eleito diversas vezes deputado federal. Em 1902, convence o presidente Rodrigues Alves a adotar a datiloscopia nos sistemas de identificação de civis e criminosos, desaparecidos e cadáveres. No decreto, que também cria o Gabinete de Identificação e Estatística, a impressão digital é considerada a prova mais concludente e positiva da identidade do indivíduo.

Pacheco destaca-se também nas Letras, sejam elas técnicas ou poéticas: livros como O Problema da Identificação e A Reforma do Serviço Antropométrico dividem seu tempo com outros sobre Graça Aranha, Euclides da Cunha e traduções do poeta francês Baudelaire. Admirador de Cruz e Sousa, era amigo de parnasianistas e simbolistas. Em 1912 torna-se imortal da Academia Brasileira de Letras, vindo a falecer em 1935.