Insatisfeitos com inércia do governo, peritos criminais cogitam paralisação |
02/03/2012 / |
Depois da greve deflagrada nesta semana pelos auditores do
Estado, a
insatisfação no funcionalismo público estadual pode levar à paralisação dos
peritos oficiais criminais. Lotados na Polícia Técnica, ligada à Secretaria de
Segurança Pública (Sesp), cerca de 150 servidores – peritos, médicos e
odontologistas legistas – cobram do governo a devida valorização após sete anos
de defasagem em seus rendimentos.
Presidente do sindicato da categoria (Sindpeco), Márcio
Godoy esclarece que a intenção inicial dos profissionais não é de cruzar os
braços, mas uma assembléia geral na próxima segunda-feira (05) pode deliberar a
favor da medida caso o governo não se abra para o diálogo – situação que não tem
mudado há cerca de um ano, quando o movimento começou a pleitear
reajustes.
Godoy explica que médicos legistas, peritos
odonto-legistas e os peritos criminais compartilham a mesma carreira na Politec.
Eles pleiteiam uma majoração no salário médio inicial, que hoje é de
aproximadamente R$ 5,7 mil, para R$ 11 mil, uma diferença de quase 93%. Para o
profissional com 30 anos de carreira e de última classe, o salário subiria para
R$ 18 mil.
A variação pleiteada se refere a um longo período sem
reajustes à carreira, segundo Godoy, mas a categoria considera negociar os
valores e a forma de aplicação com o governo, que ainda não se manifestou a
respeito ao sindicato. A Secretaria de Administração (SAD), pontua o
sindicalista, havia se comprometido a enviar um parecer sobre a reivindicação
dos servidores até o final do mês passado, o que não foi
cumprido.
Agora, os profissionais buscam, por meio do sindicato,
diálogo com o governo com auxílio dos deputados da Assembléia Legislativa (AL).
Eles percorreram os gabinetes dos parlamentares na última quarta-feira (29) e
obtiveram algumas sinalizações positivas em relação a tentativas de negociação
com o poder Executivo.
Godoy enfatiza que a categoria tem sofrido uma
desvalorização nos últimos anos, o que pode ser constatado no fato de que a
carreira de perito criminal tem os mesmos rendimentos dos delegados na Polícia
Federal (PF), situação que se repete também nas instituições equivalentes de
vários Estados brasileiros.
Uma paralisação dos peritos criminais redundaria em
sérios prejuízos para o Estado, uma vez que a falta de elucidação de crimes e a
falta da devida responsabilização apenas estimulam a criminalidade. Apenas oito
de cada 100 homicídios são investigados no Brasil, segundo o Ministério da
Justiça.
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http://sindpeco.com.br/noticia.php?codigo=3615 |
Autor: Olhar Direto |
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