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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nem tudo é como o CSI da TV

Nem tudo é como o CSI da TV

Peritos criminais em todo o país sofrem com a falta de investimentos na área
04/12/2011 17:57
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2011/12/04/nem-tudo-e-como-o-csi-da-tv
Marcos Filipe Sousa

Diego Redel
Neste domingo (04) é comemorado o Dia do Perito Criminal. Mas bem diferente da realidade dos seriados americanos, a realidade brasileira aponta falhas e falta de investimento na área.
A polícia científica ou criminalística é formada pelos peritos, que são cientistas, técnicos e médicos legistas. Eles examinam as provas materiais de crimes e delitos como, por exemplo, bala disparada, droga apreendida e corpo de vítima de violência. O resultado do trabalho deles pode ser a diferença entre a condenação e a liberdade de um acusado.
Uma reportagem apresentada pelo programa Fantástico da Rede Globo, em outubro deste ano, investigou durante um mês a realidade da polícia científica no Brasil. Os estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais foram os alvos da matéria. Funcionando em casas alugadas, equipamentos defasados e poucos profissionais foram algumas situações encontradas. Quem se prejudica com a situação é a população, que devido a falta de provas, vê processos se acumulando e sendo deixados de lado.
Em Alagoas a situação não é diferente. Sempre nas manchetes dos meios de comunicação vemos os peritos criminais reclamando das condições de trabalho. Mas nesta sexta-feira (02) o Instituto de Criminalística de Alagoas recebeu a visita de representantes da Comissaria General de Polícia Cientifica do Ministério do Interior da Espanha, firmando uma parceria entre o país e Alagoas.
O projeto que ainda está em fase de construção, apresentará cursos de qualificação, seminários, palestras e ensaios de troca de experiências entre os peritos espanhóis e alagoanos. As principais áreas abordadas serão de atuação das perícias em locais de incêndios, explosões e na formação de um banco de dados para balística.
A melhor realidade do país
Com salários que batem na casa dos R$ 18 mil. São assim que trabalham os peritos criminais em Brasília. Um dos casos mais famoso resolvido pelo grupo foi o assassinato da estudante Maria Cláudia Del'Isola, em 2004, quando a equipe do Instituto de Criminalística do Distrito Federal (ICDF) usou uma substância química, o luminol, para mostrar os rastros de sangue deixados pelos assassinos.
O aparato que estes peritos levam para a cena do crime soma a casa dos R$ 3 milhões. O salário inicial é R$ 13,3 mil, em uma concorrência de 449 candidatos para cada vaga.
Além dos assassinatos, os peritos do DF analisam provas de roubos a banco, explosões, incêndios e até mesmo crimes contra o meio ambiente.
Com informações de Assessoria