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terça-feira, 22 de novembro de 2011



Pernambuco recebe laboratórios móveis para investigação de cenas de crimes
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
21/11/2011 | 12h46 | Tecnologia





http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20111121124659&assunto=70&onde=VidaUrbana






Teresa Maia/DP/D.A Press



Pernambuco recebe laboratórios móveis para investigação de cenas de crimes. Imagens: Ed Wanderley/DP/D.A Press



Verdadeiros laboratórios móveis passarão a ser utilizados por peritos criminais pernambucanos, a partir desta semana. O estado recebeu um total de 50 maletas, compostas por 63 equipamentos, entre máquina fotográfica, netbook com softwares voltados à perícia e reagentes químicos. Como resultado, os recursos permitem a identificação rápida de impressões digitais, bem como vestígios de urina, sêmen, ossos e sangue humanos, além de acelerar os resultados finais das perícias.

De acordo com o gestor geral da polícia científica, Francisco Sarmento, a aquisição dos kits representam uma evolução no trabalho que vem sendo desempenhado pelos Institutos de Criminalística e Tavares Buril. O investimento, de R$ 775 mil, foi realizado pelo Governo Federal. Apesar de ser o vigésimo primeiro estado a receber os materiais, Pernambuco é o terceiro em número de kits adquiridos, garantindo uma proporção de um conjunto de materiais por perito. “Também distribuiremos cartilhas e lançaremos uma campanha junto à Polícia Militar e à população para que eles fiquem conscientes da necessidade de preservar o local do crime até que a perícia chegue”, afirma.

Para a perita criminal, Sandra Santos, a realidade que se apresenta agora é um pleito antigo da categoria e um dos artigos que devem fazer completa diferença no trabalho é a utilização de luzes forenses. O conjunto de emissores luminosos, com o auxílio de reagentes específicos, é capaz de detectar diversos tipos de vestígios orgânicos em questão de minutos e, até então, não era utilizado frequentemente pela polícia pernambucana. “É um sonho profissional depois de dez anos de trabalho. Tecnologia assim, só víamos no CSI. Agora, podemos fazer o trabalho com mais qualidade e profundidade”, declara.

Além das luzes forenses, as maletas oferecem recursos que vão do luminol a softwares que permitem o cruzamento imediato das impressões digitais coletadas no local do crime com a de um possível suspeito e identificar diversos tipos de drogas. O conjunto é montado no Brasil, mas a maior parte dos equipamentos, especialmente os reagentes químicos são de origem sueca ou norte-americana. “Faremos dois dias de treinamentos, já que os profissionais já atuam na área, com abordagens teóricas e práticas. Depois, os kits serão distribuídos para uso dos peritos”, conclui o instrutor Gilberto Toyota.