Perícia divulga fotos de apartamento que pegou fogo em Campo Grande
Peritos avaliam se incêndio começou na cozinha.
Duas pessoas morreram intoxicadas pela fumaça.
O perito criminal Amílcar da Silva Neto exibiu três fotografias: uma mostra como ficou a cozinha, onde teria começado o fogo. A outra revela um pedaço de metal que foi derretido pelo calor que pode ter chegado a mais de 600º. Na última, é possível ver parte da sala e da sacada.
"Nós já temos um caminho e acredito que estamos no caminho certo. Depende dos ensaios que estamos fazendo para poder dizer com convicção e evitar cometer algum erro", afirma Amílcar.
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A perícia já fez cinco vistorias no edifício e recolheu vários materiais, como pedaços de tapete e do forro da cozinha, cabos elétricos e mangueira do gás. Provas materiais que fazem parte do inquérito que investiga as circunstâncias e as causas do incêndio.O objetivo dos peritos é apontar o que causou as chamas e classificar se o incêndio foi criminoso ou acidental. Eles devem constatar ainda a extensão dos estragos e avaliar se o fogo colocou em risco a vida de pessoas e causou prejuízos materiais. Todas as informações deverão constar em laudos técnicos.
"Uma testemunha fala uma coisa, vem outra testemunha fala outra completamente diferente. O laudo não, ele é baseado em fatos objetivos. A gente encontra elementos que caracterizam que a coisa aconteceu daquela forma", diz o perito Antônio César Moreira de Oliveira.
Os laudos periciais são fundamentais nas investigações da polícia. Um exemplo foi o caso da arquiteta Eliane Nogueira, que teve o corpo incendiado pelo próprio marido em julho do ano passado. Os peritos descobriam o tipo de líquido inflamável que provocou o fogo.
"Cada caso é diferente dos outros. Apesar de a experiência valer muito, nós temos de ser curiosos, contarmos com colegas que também estejam interessados, e também contar com equipamentos que vão auxiliar no trabalho positivo da perícia", explica Rui Rodrigues, coordenador de divisão do Instituto de Criminalística.