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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ATUAÇÃO PERICIAL EM MATO GROSSO

Perícia divulga fotos de apartamento que pegou fogo em Campo Grande

Peritos avaliam se incêndio começou na cozinha.
Duas pessoas morreram intoxicadas pela fumaça.

Do G1 MS
O Bom Dia MS teve acesso a fotos inéditas e materiais recolhidos do edifício Leonardo da Vinci, em Campo Grande, onde um dos apartamentos pegou fogo no início do mês. Duas pessoas morreram intoxicadas pela fumaça.
O perito criminal Amílcar da Silva Neto exibiu três fotografias: uma mostra como ficou a cozinha, onde teria começado o fogo. A outra revela um pedaço de metal que foi derretido pelo calor que pode ter chegado a mais de 600º. Na última, é possível ver parte da sala e da sacada.
"Nós já temos um caminho e acredito que estamos no caminho certo. Depende dos ensaios que estamos fazendo para poder dizer com convicção e evitar cometer algum erro", afirma Amílcar.
A perícia já fez cinco vistorias no edifício e recolheu vários materiais, como pedaços de tapete e do forro da cozinha, cabos elétricos e mangueira do gás. Provas materiais que fazem parte do inquérito que investiga as circunstâncias e as causas do incêndio.
O objetivo dos peritos é apontar o que causou as chamas e classificar se o incêndio foi criminoso ou acidental. Eles devem constatar ainda a extensão dos estragos e avaliar se o fogo colocou em risco a vida de pessoas e causou prejuízos materiais. Todas as informações deverão constar em laudos técnicos.
"Uma testemunha fala uma coisa, vem outra testemunha fala outra completamente diferente. O laudo não, ele é baseado em fatos objetivos. A gente encontra elementos que caracterizam que a coisa aconteceu daquela forma", diz o perito Antônio César Moreira de Oliveira.
Os laudos periciais são fundamentais nas investigações da polícia. Um exemplo foi o caso da arquiteta Eliane Nogueira, que teve o corpo incendiado pelo próprio marido em julho do ano passado. Os peritos descobriam o tipo de líquido inflamável que provocou o fogo.
"Cada caso é diferente dos outros. Apesar de a experiência valer muito, nós temos de ser curiosos, contarmos com colegas que também estejam interessados, e também contar com equipamentos que vão auxiliar no trabalho positivo da perícia", explica Rui Rodrigues, coordenador de divisão do Instituto de Criminalística.