Polícia Civil de Minas Gerais rastreia
impressão digital
Sistema permite que amostras colhida sejam identificadas eletronicamente
Do Hoje em Dia
Apesar da tecnologia, resultado da comparação só fica pronta em 20 dias
A Polícia Civil de Minas Gerais está usando um sistema eletrônico para identificar digitais colhidas em cenas de crimes. Utilizada pelo Instituto de Identificação desde fevereiro, a ferramenta foi integrada ao Instituto de Criminalística há dois meses e já apresenta resultados.
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Segundo o perito criminal e especialista em papiloscopia Henrique Hiroyuki Miyamoto, dos 15 casos em que a equipe está trabalhando, dois tiveram os suspeitos apontados por meio do sistema automatizado de identificação de impressão digital, cuja sigla em inglês é Afis.
A tecnologia usada pela corporação mineira é da PF (Polícia Federal), que disponibilizou duas estações – uma móvel e outra fixa – para os serviços. A base do banco de dados fica em Brasília, no Distrito Federal, e somente esses departamentos dos Estados conveniados têm acesso ao acervo de digitais.
De acordo com Evandro Ferreira de Assis, assessor de gabinete do Instituto de Identificação da Polícia Civil mineira, apenas o Acre, o Amapá e o Amazonas não contam com o Afis.
A base de dados tem cadastro só de pessoas que já cometeram crimes. Em Minas, elas somam hoje cerca de 3 milhões. Se a digital não for localizada pela ferramenta on line, o perito é obrigado a fazer a pesquisa na forma antiga, que é manual, segundo Letícia Alessi Machado Rogêdo, diretora do Instituto de Identificação.
- Até agora, 42 mil fichas foram cadastradas no Afis. Todas devem ser incluídas em até cinco anos, prazo que poderá ser reduzido com a instalação do Afis estadual, que terá todos os 19 milhões de registros civis (carteiras de identidade).
Ainda de acordo com Miyamoto, foi por meio das fichas digitalizadas que o instituto conseguiu identificar o suspeito de praticar um delito considerado de difícil solução, por não ter testemunhas.
- Um homem entrou em uma casa, após pular o muro e quebrar uma janela, e furtou vários objetos. Uma pessoa o viu fugindo de moto, mas não soube passar características físicas dele para a polícia. Sem pistas, um caso como esse teria um desfecho demorado.
Tempo
O tempo médio para a conclusão de uma perícia criminal em Minas é de 20 dias, prazo acordado entre o Instituto de Criminalística e o governo do Estado.
O trabalho realizado pelo Instituto de Identificação de Brasília é referência no país. A capital federal tem dois Afis: um integrado com o banco de dados criminal da Polícia Federal e um próprio, com 3,4 milhões de registros.
O sistema também é utilizado para levantar pessoas com várias identidades, emitidas em outros estados brasileiros.
http://noticias.r7.com/cidades/noticias/policia-civil-de-minas-rastreia-criminoso-por-impressao-digital-20110907.html