Insatisfeitos, peritos criminais querem paralisar por 24 horas
"Com a estrutura que temos, não estamos conseguindo fornecer um trabalho de responsabilidade", diz presidente da associação 09/09/2011 11:26
Marcela Oliveira
O presidente da Associação dos peritos de Alagoas, Paulo Rogério, disse que a categoria está insatisfeita e pede valorização profissional. “A valorização não é apenas salarial, mas passa pelo reconhecimento e investimento em estrutura. Qual a política que o Governo do Estado tem para a perícia alagoana?”
Ele conta que a maior dificuldade enfrentada pelos peritos é o número reduzido de profissionais, são 38 para todo o estado. “O número de requisições é crescente, a cada dia há um número maior de perícias e não há pessoal suficiente para o trabalho. Por exemplo, há apenas duas pessoas que trabalham com drogas. No setor de balística, são quatro. E o tempo todo é apreendido armas e drogas. É humanamente impossível dar conta”.
Segundo Paulo, seria necessária a contratação de, aproximadamente, 150 peritos para atender a demanda. “Com a estrutura que temos, não estamos conseguindo fornecer um trabalho de responsabilidade. Hoje, o perito criminal está desestimulado. Se continuar assim, a perícia no estado vai estagnar”.
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