25/07/2011 às 18h05 - Atualizado em 25/07/2011 às 18h06
Perito capixaba pesquisa possibilidade de usar moscas para solucionar crimesTV Vitória
Conhecida como um inseto pouco agradável, a mosca pode ser muito útil para solucionar crimes. Pelo menos é isso o que pensa o perito criminal capixaba Carlos Augusto Chamoun. Ele faz doutorado no Rio de Janeiro e estuda há mais de um ano essa possibilidade. O objeto de pesquisa do perito são os crimes sexuais. "A mulher morta estuprada decompõe e ocorre uma atração de moscas, que pousam e colocam ovos. Esses ovos eclodem e surgem as larvas, que comem o corpo em decomposição. Coletamos e abrimos a larva, retiramos o material intestinal e, a partir dessa coleta, podemos encontrar material do sêmen ali dentro já que as larvas guardam o material porque sofrem metamorfose até se transformarem em moscas adultas. Se tiver sêmen nesse material que extraímos dela, podemos tentar identificá-lo e comparar com um possível suspeito", esclareceu. Atualmente todas as pesquisas são feitas no Rio de Janeiro, mas o perito afirma que existe um projeto da polícia do Espírito Santo de montar um laboratório com a mesma estrutura encontrada no estado vizinho. Para ele, isso contribuiria para que a técnica fosse aplicada primeiro no Espírito Santo. "A intenção é que as aplicações iniciais sejam nas polícias do Espírito Santo e Rio. Nosso chefe de polícia sinalizou para a possibilidade de montar o laboratório para que possamos fazer todo o estudo aqui. Em breve espero que possamos montar o laboratório para fazer essa pesquisa aqui", acrescentou. O estudo vai ser apresentado no final do ano em um congresso internacional em Gramado, no Rio Grande do Sul. A previsão é que a técnica seja utilizada pela polícia em no máximo dois anos. |
