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quarta-feira, 20 de julho de 2011

ENTOMOLOGIA NO PARÁ

19/7/2011
Perícia do Pará terá Programa de Entomologia Forense
Estudo de larvas e moscas auxiliará investigações criminais de mortes violentas

Técnicos do Instituto Médico Legal (IML) do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) participaram de um curso voltado à identificação de dípteros (moscas) de interesse forense, na Universidade de Brasília (UNB), Distrito Federal. O treinamento faz parte do projeto que pretende instalar o Programa de Entomologia Forense do Estado do Pará, idealizado pelo CPC em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi.
O curso aconteceu no Núcleo de Entomologia Forense do Instituto de Ciências Biológicas da UNB, ministrado pelo doutor em Entomologia Forense Roberto Luiz Pujol, uma das referências nacionais e internacionais na área. A equipe de estudos do CPC Renato Chaves é composta por três profissionais, sendo um técnico em biologia e dois estagiários.
A equipe do Centro de Perícias atua em parceria direta com pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, com o objetivo de reforçar o banco de amostras de moscas, iniciado há um ano e meio e que já conta com uma média de 40 espécies de larvas e moscas catalogadas, todas coletadas em corpos de vários tipos de crime.
A utilização da técnica de Entomologia Forense é fundamental para a perícia criminal, fonte de vários experimentos e estudos em várias partes do mundo. Sua utilização pode apontar, por exemplo, o IPM (Intervalo Post Mortem) de um cadáver, ou seja, o tempo em que um cadáver está morto, por meio da ocorrência de determinada larva. Além do IMP, estudos avançados na área mostram que também é possível chegar à identidade de vítimas por meio de exames de coleta de DNA encontrado sistema digestivo dos dípteros.
O trabalho inicial do grupo do IML foi catalogar as espécies e formar o grupo de estudos, com coleta frequente de material de corpos necropsiados no CPC. Com a implantação do programa, o objetivo principal dos técnicos é capacitar médicos legistas e peritos criminais em suas atividades, tanto necroscópicas quanto em cenas de crime, potencializando as investigações criminais e formando um banco de dados específico da região paraense, de maneira a transformá-lo em fonte oficial de pesquisas.
 
http://www.cpc.pa.gov.br/Noticias.asp?idNoticia=304