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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

ERROS OU INVESTIGAÇÃO DEFICIENTE

Erro em exame de DNA pode alterar investigações

Laudo mostra que material genético de Eiko foi identificado como amostra masculina
Caso da estudante Eiko (no destaque), que foi jogada no Portão do Inferno, pode ter reviravolta
O caso da morte da estudante Eiko Nayara Uemura, 23, em abril do ano passado, no Portão do Inferno, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (40 km ao Norte de Cuiabá), pode sofrer uma reviravolta no processo de investigação. De acordo com as perícias e laudos técnicos, a jovem foi espancada, torturada e, na sequência, brutalmente assassinada.
Um novo laudo de DNA, emitido pelo Laboratório de DNA Forense da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), será feito, em função de erros no exame anterior. No laudo emitido pela UFAL, o material genético de Eiko foi identificado como amostra masculina.
Em entrevista ao MidiaNews, nesta segunda-feira (25), o responsável pela unidade, médico Luiz Antônio Ferreira, revelou que uma amostra de dente de Eiko será examinada novamente para identificar o que pode ter ocorrido.
O médico explicou que há duas hipóteses para o erro. A primeira é que o Instituto Médico Legal de Mato Grosso teria enviado amostra errada. A segunda é que pode ter havido erro humano durante a manipulação do material. Segundo ele, após refazer o exame, encaminhará o novo laudo para o Estado, inclusive, com as amostras.
Conforme Midianews apurou, a Polícia Civil solicitou um novo exame, que deverá ser feito no Laboratório de Biologia Molecular (DNA Forense), inaugurado em dezembro passado. O caso, que está sendo investigado pelo delegado Márcio Pieroni, está em segredo de Justiça e pode ter uma nova reviravolta, em função do novo laudo do DNA de Eiko que será elaborado.
Suicídio
No início, a principal tese era que Eiko Uemura teria cometido suicídio, conforme apontavam as investigações conduzidas pelo delegado de Chapada, João Bosco. O caso foi marcado por muitas revelações, como o furto de jóias e relógios de luxo, amores secretos, negócios ilícitos e envolvimento em um suposto esquema chefiado pelo tio, o empresário Júlio Uemura, que chegou a ser preso.
O estudante era dona da empresa Eikon Atacado de Alimentos, que, segundo o Gaeco, seria utilizada pela Organização Uemura para realizar os crimes. O grupo seria especializado em aplicar golpes financeiros no comércio de Cuiabá e de várias cidades de Mato Grosso.
Suspeitos
O delegado Pieroni informou que existem três suspeitos, com fortes indícios de terem cometido o crime, observando que as investigações já dão conta de como tudo foi realizado, ficando somente dúvidas quanto à participação de cada suspeito.
“A motivação já temos, mas não podemos revelar nada ainda. Até porque, as investigações correm em segredo de Justiça. Tem gente que viu toda a ação e contou como a mataram”, disse o policial, recentemente, em entrevista coletiva.
Original em: http://www.midianews.com.br


http://periciacriminal.com/novosite/2010/01/25/erro-em-exame-de-dna-pode-alterar-invest
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