A chamada 'entomologia forense' é ensinada aos policiais paulistas
domingo, 11 de outubro de 2009 15:48
Crédito/Arquivo 94FM |
É a primeira vez que a chamada "entomologia forense" está sendo ensinada aos policiais paulistas. No interior, a região de Bauru é a primeira a ser treinada.
A "entomologia forense" é uma ciência aplicada que tenta determinar a data e até causas de morte de seres humanos por meio dos insetos que colonizam o cadáver.
A informação é do delegado Licurgo Nunes Costa, diretor do Deinter-4. Ele explica que participam policiais diretamente ligados à investigação de homicídios, que se tornarão multiplicadores dessa nova técnica, em uma área de abrangência do Deinter-4 de quase 2 milhões de habitantes.
Segundo ele, a Polícia Civil da região vai passar a observar com mais cuidado a cena de um crime. O coordenador do curso, o perito criminal Edilson Nakaza, afirma que as informações coletadas com os insetos têm valor de prova numa investigação criminal, na maioria das vezes mais valiosas do que depoimentos, já que são evidências científicas.
Nesta sexta-feira (09.10), os policiais civis de Bauru e região tiveram aulas com a maior autoridade em entomologia do país, a bióloga da Unicamp Patrícia Thyssen. Neste sábado (10.10), executaram parte práticas de coleta e análise de insetos e larvas em uma chácara da Polícia Civil.
As aplicações da entomologia podem determinar o período de tempo entre a morte e o descobrimento do cadáver com a análise de larvas e insetos. Em mortes difíceis de encontrar a causa, Edilson Nakaza também explica que os insetos podem auxiliar. “Moscas próximas do cadáver, por exemplo, podem ser recolhidas para procurar vestígios de cocaína e pólvora nelas”, explica.
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