Identificação rápida
Trahalho é voluntário Odontologista identificou vítima de assassinato montando a foto dela junto com a arcada dentária
ANA CRISTINA ANDRADE
Da Gazeta de Piracicaba
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
Regiane Sardinha Pedroso, 16, desaparecida de Piracicaba em 2 de outubro de 2008, e que teve o corpo encontrado em Laranjal Paulista (em avançado estado de decomposição), seria apenas mais uma vítima da violência a permanecer sem identificação em um Instituto Médico Legal.
Foi identificada recentemente, graças ao trabalho voluntário do odontologista Eduardo Daruge Júnior, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Ele confrontou fotos de Regiane sorrindo, com o crânio encontrado em Laranjal Paulista e, pelo detalhe de um dente canino na arcada superior, lado esquerdo - que se sobrepunha em outro dente - o especialista conseguiu que a família tivesse uma resposta após dois anos de buscas pela adolescente.
"Não foi uma resposta positiva, mas pelo menos acabou com a angústia da família em esperar todos os dias por ela, na incerteza se iria ou não voltar", explicou Daruge Júnior. Casos como este, segundo o odontologista, são frequentes no Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, que ainda não tem em seus IML's a figura do "perito odontolegista" - profissional que identifica falecidos por meio de registros dentais.
Apesar de existir a Lei 12.030, sancionada pelo presidente Lula em setembro do ano passado, e que inclui este tipo de profissional ao quadro de peritos criminais, o Estado de São Paulo ainda não cumpre a legislação. Por causa disso, Daruge Júnior e seu pai Eduardo Daruge, que também atua na área, batalham para criar em Piracicaba um Centro de Identificação de Desaparecidos, destinado a estudos semelhantes ao caso de Regiane.
Daruge Júnior foi nomeado pela Polícia Civil para realizar o trabalho, porém sem nenhum ônus do Estado. "Enquanto a lei não entra em vigor em nosso Estado, muitos corpos vão ficando sem identificação. Sabe-se que só em São Paulo, Capital, 1.200 corpos não são identificados todos os anos”, ressaltou o profissional.
INVESTIGAÇÃO. O delegado João Batista Vieira de Camargo, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse que já ouviu vários conhecidos de Regiane e tenta agora identificar um carro branco em que ela entrou da última vez.
“Se alguém que conhece o caso viu Regiane no dia 2 de outubro de 2008, que nos ligue”, pediu. O telefone da DIG é (19) 3421-6169 begin_of_the_skype_highlighting (19) 3421-6169 end_of_the_skype_highlighting e atende de segunda a sexta-feira, em horário comercial. O dentista Daruge Júnior tem outro caso de identificação a entregar para a DIG, porém aguarda o término do laudo.
Da Gazeta de Piracicaba
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
Regiane Sardinha Pedroso, 16, desaparecida de Piracicaba em 2 de outubro de 2008, e que teve o corpo encontrado em Laranjal Paulista (em avançado estado de decomposição), seria apenas mais uma vítima da violência a permanecer sem identificação em um Instituto Médico Legal.
Foi identificada recentemente, graças ao trabalho voluntário do odontologista Eduardo Daruge Júnior, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Ele confrontou fotos de Regiane sorrindo, com o crânio encontrado em Laranjal Paulista e, pelo detalhe de um dente canino na arcada superior, lado esquerdo - que se sobrepunha em outro dente - o especialista conseguiu que a família tivesse uma resposta após dois anos de buscas pela adolescente.
"Não foi uma resposta positiva, mas pelo menos acabou com a angústia da família em esperar todos os dias por ela, na incerteza se iria ou não voltar", explicou Daruge Júnior. Casos como este, segundo o odontologista, são frequentes no Brasil, especialmente no Estado de São Paulo, que ainda não tem em seus IML's a figura do "perito odontolegista" - profissional que identifica falecidos por meio de registros dentais.
Apesar de existir a Lei 12.030, sancionada pelo presidente Lula em setembro do ano passado, e que inclui este tipo de profissional ao quadro de peritos criminais, o Estado de São Paulo ainda não cumpre a legislação. Por causa disso, Daruge Júnior e seu pai Eduardo Daruge, que também atua na área, batalham para criar em Piracicaba um Centro de Identificação de Desaparecidos, destinado a estudos semelhantes ao caso de Regiane.
Daruge Júnior foi nomeado pela Polícia Civil para realizar o trabalho, porém sem nenhum ônus do Estado. "Enquanto a lei não entra em vigor em nosso Estado, muitos corpos vão ficando sem identificação. Sabe-se que só em São Paulo, Capital, 1.200 corpos não são identificados todos os anos”, ressaltou o profissional.
INVESTIGAÇÃO. O delegado João Batista Vieira de Camargo, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse que já ouviu vários conhecidos de Regiane e tenta agora identificar um carro branco em que ela entrou da última vez.
“Se alguém que conhece o caso viu Regiane no dia 2 de outubro de 2008, que nos ligue”, pediu. O telefone da DIG é (19) 3421-6169 begin_of_the_skype_highlighting (19) 3421-6169 end_of_the_skype_highlighting e atende de segunda a sexta-feira, em horário comercial. O dentista Daruge Júnior tem outro caso de identificação a entregar para a DIG, porém aguarda o término do laudo.